Wednesday, May 02, 2007

O Algodão não Engana

O Expresso tem um guia chamado "Boa Cama, Boa Mesa". Neste blog tem-se faalado mais da boa mesa do que da boa cama. Aliás, alguns me fizeram esse reparo. Falar em Prazeres do Diabo, esquecendo os prazeres da boa cama.

Depois de mais uma visita aos U.S. consolidei a minha convicção. Para o nosso bem estar, físico e psíquico, é fundamental uma boa cama.

Tempos houve em que se dormia em lençóis de poliester ou terilene. Tempos jé enterrados pela viragem do século. As camas são hoje os pilares do lar. Colchões aconchegadores e edredons decorativos, ornamentados por quatro filas de almofadas de penas. E lençóis. Macios e sumptuosos. Seda e mármore.

Nos USA o número de linhas do algodão dos lençóis tornou-se uma obcessão nacional. Há dúvidas se foi desde que a Jennifer Lopez recusou pousar as suas frondosas formas em algo com menos de 400 linhas ou se a discussão de Jessica Simpson com o ex-marido num reality show por causa de lençóis de 1400 dólares. O argumento dela foi arrasador: durmo mal.

O que é certo é que hoje os americanos são bombardeados com lençóis com 400, 600, 8000 e até mil linhas de algodão do Egipto. Até a Wall Mart ( o Continente lá do sítio) tem uma linha branca de lençóis de 1000 linhas. Mas o supra sumo são os Sferra.

E as almofadas? Cama que se preze tem de ter um mínimo de oito. Duas quadradas grandes (shams), duas mais pequenas, duas cilindricas ( boudoir) e duas ... para dormir. Camadas de cor, contrastes no padrão. Como podemos ver nas Desperate Housewives. Ou nas camas da Carrie de "Sex in the City".

E edredons? O de cima, em tons discretos, marcando o bom gosto da housewive. O de baixo ( sim o que fica por baixo dos lençóis, de penas, dará aquele conforto que permite meter o programa de sono rápido, dando em quatro horas o descanso de um sono de oito horas.

Cobertores? Apenas um. Pode ser em Mohair ou algodão, mas de preferência deve ser de cachemira. A condizer com a manta que fica aos pés da cama.

Quem não sabe o que isso é vá dormir ao Courthouse Kempinski a Londres. Como o Miguelito que desde então não pára de pedir à mãe colchões como aqueles. Ou a "Heavenly Bed" da Westin. Hoje é cada vez mais comum os hotéis venderem colchões, edredons ou almofadas. E há até os que têm menus de almofadas ao dispôr dos hóspedes. Como os Ritz-Carlton.

Quando pensamos o tempo que passamos na cama, faz todo o sentido torná-la confortável e acolhedora. E como o que está em contacto mais intimo com a nossa pele são os lençóis eles são a peça essencial ara uma boa cama. Devem ser pois em algodão do Egipto. No mínimo com 400 linhas. Até quando pode ir a contagem das linhas ? Até ver até 1020. 400? 1020? O tamanho conta? Há quem diga que sim, há quem diga que não. Eu acho que se deve tocar e sentir. E depois de experimentar, optar.



Cá por mim, trouxe mais um conjunto de 800 linhas da Hotel Collection, mais um par de almofadas de penas de ganso compradas no Macys. Com 30% de desconto, com o meu cartão de cliente. Para ter sonhos côr de rosa. Embora os melhores segundo diz a minha filha Carolina sejam os azuis.