Quando pensamos em NYC, pensamos no Emp
ire State, na Estátua da Liberdade, em Times Square e ... nos yellow cabs. São de facto uma imagem de marca da cidade. Sobretudo quando subimos a um edificio alto e olhamos para as filas do trânsito, a mancha amarela domina as ruas.
Parecem enxames que se deslocam numa perfeita harmonia, de
semáforo em semáforo. Em NYC há 12000 taxis. Apesar de que qualquer turista que se preze faz milhas e milhas a pé, alturas há em que é necessário apanhar um taxi.
À saída do hotel é fácil. Basta pedir ao porteiro e logo este, munido de um sonoro apito, se encarrega de chamar o taxi. Abrindo-nos a porta, a mão aberta estendida, à espera do buckzito. Na rua é mais dificil. Se for hora de ponta ou chover a competição pode ser feroz.. Chegar à esquina e erguer o braço é um dos gestos mais repetidos pelos newyorkers. Há até uma estátua de rua em Park Avenue a imortalizar o ritual.
Dentro do taxi há que parecer um local, dizendo com firmeza “47th with Madison” ou “Hudson with Franklin, please”. Do lado de lá do vidro o cabbie provávelmente não responde, mas arrancará na direcção pretendida. Os “taxi drivers” estão longe do grupo de companheiros de Travis Bickle. Geralmente pouco faladores, até porque a maior parte não domina a língua. Em cerca de 42000 taxistas, 85% são estrangeiros.
Indianos ou paquistaneses. Uma vez cometi a gaffe de perguntar a um paquistanês se era indiano. Cuidado, porque confundi-los é quase uma ofensa. Muitos são muçulmanos. A evitar no Ramadão, já que param para rezar. Chineses.Calados, falam por interjeições, mas percebem o nome da rua. Não é como na Tailândia em que os taxistas não falam outra língua e não sabem ler mapas comcaracteres ocidentais. Lá uma viagem de taxi é uma aventura. Dominicanos, haitianos ou Porto-riquenhos. Alguns destes têm ar de Bob Marley, e são todos muito cool. Um deles uma vez, a caminho do aeroporto parou para comprar uma Pepsi. Que havia eu de dizer senão “Buy me one, my man”. E até russos e ucranianos. De Little Odessa. Com muitos primos que nos podem vender muitas coisas . “No problem, my frriend”. Muitos deles conhecem mal a cidade. Mas em Manhattan é fácil a orientação mesmo sem GPS. Avenidas e ruas numeradas na maior parte da ilha, só na ponta sul as ruas têm nome.
Sinal dos tempos, os taxis amarelos vão-se a pouco e pouco tornando verdes. Não, não vão mudar de cor. São os híbridos que estão a chegar. Toyota Prius, Ford Escape ou Lexus LS 400.
Apesar de serem obrigados a transportar os clientes para qualquer ponto da cidade, alguns cabbies tentam esquvar-se ao transporte para o aeroporto de Newark. Por isso diga o destino depois de já estar dentro do taxi. Ou então peça no hotel para o chamarem. Se for um grupo que implique dois taxis compensa pedir uma limousine. Desde logo porque acaba por ficar mais barata uma limo que dois taxis. E depois porque deixar NYC numa limo é terminar em beleza.
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