África Minha (2) Ao fim e ao Cabo
Cabo. Extremo de África. O fim ou o começo? Para os navegadores portugueses começou por ser das Tormentas e acabou de Boa Esperança. Para mim foi uma jornada inesquecivel. Cheguei ao Cabo depois das aventuras no Mala-Mala. Sem malas. Chegaram mais tarde ao hotel. Melhor assim que não carreguei com elas.
Cape Town é uma cidade de grande beleza natural, dominada pela imponente Table Mountain. No seio de uma baía bem abrigada, a cidade olha para o Norte e o Atlântico. Para Sul estende-se uma Península que 70km mais abaixo testemunha o encontro do Atlântico com o Indico.
Fiquei alojado no Table Bay Hotel, um bom hotel sem grande história, mas idealmente localizado no Victória & Alfred Waterfront, espaço onde junto aos cais, se aglomeram lojas, hotéis e restaurantes, perfeitamente seguro para passear à noite, coisa rara nos dias de hoje na África do Sul. Por lá jantei nas três noites que pernoitei no Cabo. No Fish Market e no Greendolphin este com excelente jazz ao vivo. E visitei o Nemo, o Marlin e o Bruce no Two Oceans Aquarium.
Revivi a história no South African Museum, nos Company Gardens e no Parlamento, passeei na City e no Bairro malaio. Senti o cheiro de África e do Indico no Green Market e vi a miséria dos bairros negros em Khayelitsha. Mas ir ao Cabo é subir à Table Mountain. Num teleférico que em 4 minutos nos transporta a 1073m de altitude.
As vistas são imponentes, "breathtaking" dizem eles. Do fim do mundo, digo eu.
Mas o Cabo pede um carro. Volante à direita, o limpa pára brisas que se liga quando damos pisca, a confusão de virar à esquerda nas rotundas. Mas vale a pena. Para ir ao Good Hope Cape, passando pelas magníficas praias de Clifton e Camps bay. E pela encantadora Chapman's Peak Drive, estrada de montanha sobre o mar comparável à Haute Corniche na Côte d'Azur ou a Stinson, em San Francisco.
E finalmente o tão desejado Cabo da Boa Esperança, assinalado pelo padrão de Bartolomeu Dias.
Espaço de contemplação e de meditação.
No regresso a praia de Boulders reservava uma simpática colónia de pinguins à nossa espera. Quando os contemplava estava longe de imaginar que os primeiros passos da minha Carolina me iriam recordar estes simpáticos amigos monocromáticos.
Outro passeio obrigatório a partir do cabo são as Winelands. Constantia, Paarl, Stellenbosch e Franschhoek são o Napa Valley de África. Das vinhas trazidas de França por huguenotes grandes vinhos nasceram neste novo mundo. Por entre paisagens de grande beleza, grandes Shiraz, Pinot e Cabernet Sauvignon podem ser provados nas adegas das quintas. Nalgumas as provas são gratuitas, noutras paga-se uma quantia simbólica. Não esqueçam de cuspir o vinho, pois têm uma viagem de regresso a fazer. Para mim, que não me precavi, apesar de viajar ao lado do condutor a viagem até Hermanus foi penosa. Mas valeu a pena. A baía de Hermanus é um sonho, especialmente quando por lá passeim as baleias corcundas e as suas crias.Só lamento não ter por lá ficado duas noites na fabulosa Birkenhead House, o paraíso nas falésias de Hermanus, a contemplar as baleias e o tempo que se vai.
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Cape Town é uma cidade de grande beleza natural, dominada pela imponente Table Mountain. No seio de uma baía bem abrigada, a cidade olha para o Norte e o Atlântico. Para Sul estende-se uma Península que 70km mais abaixo testemunha o encontro do Atlântico com o Indico.
Fiquei alojado no Table Bay Hotel, um bom hotel sem grande história, mas idealmente localizado no Victória & Alfred Waterfront, espaço onde junto aos cais, se aglomeram lojas, hotéis e restaurantes, perfeitamente seguro para passear à noite, coisa rara nos dias de hoje na África do Sul. Por lá jantei nas três noites que pernoitei no Cabo. No Fish Market e no Greendolphin este com excelente jazz ao vivo. E visitei o Nemo, o Marlin e o Bruce no Two Oceans Aquarium.
Revivi a história no South African Museum, nos Company Gardens e no Parlamento, passeei na City e no Bairro malaio. Senti o cheiro de África e do Indico no Green Market e vi a miséria dos bairros negros em Khayelitsha. Mas ir ao Cabo é subir à Table Mountain. Num teleférico que em 4 minutos nos transporta a 1073m de altitude.
As vistas são imponentes, "breathtaking" dizem eles. Do fim do mundo, digo eu.
Mas o Cabo pede um carro. Volante à direita, o limpa pára brisas que se liga quando damos pisca, a confusão de virar à esquerda nas rotundas. Mas vale a pena. Para ir ao Good Hope Cape, passando pelas magníficas praias de Clifton e Camps bay. E pela encantadora Chapman's Peak Drive, estrada de montanha sobre o mar comparável à Haute Corniche na Côte d'Azur ou a Stinson, em San Francisco.
E finalmente o tão desejado Cabo da Boa Esperança, assinalado pelo padrão de Bartolomeu Dias.
Espaço de contemplação e de meditação.
No regresso a praia de Boulders reservava uma simpática colónia de pinguins à nossa espera. Quando os contemplava estava longe de imaginar que os primeiros passos da minha Carolina me iriam recordar estes simpáticos amigos monocromáticos.
Outro passeio obrigatório a partir do cabo são as Winelands. Constantia, Paarl, Stellenbosch e Franschhoek são o Napa Valley de África. Das vinhas trazidas de França por huguenotes grandes vinhos nasceram neste novo mundo. Por entre paisagens de grande beleza, grandes Shiraz, Pinot e Cabernet Sauvignon podem ser provados nas adegas das quintas. Nalgumas as provas são gratuitas, noutras paga-se uma quantia simbólica. Não esqueçam de cuspir o vinho, pois têm uma viagem de regresso a fazer. Para mim, que não me precavi, apesar de viajar ao lado do condutor a viagem até Hermanus foi penosa. Mas valeu a pena. A baía de Hermanus é um sonho, especialmente quando por lá passeim as baleias corcundas e as suas crias.Só lamento não ter por lá ficado duas noites na fabulosa Birkenhead House, o paraíso nas falésias de Hermanus, a contemplar as baleias e o tempo que se vai.
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