Selecção Nacional (3) Aroz de Cabidela Pica no Chão

É um dos expoentes da cozinha do Minho e Douro Litoral. Tem várias designações. Arroz de Frango de Cabidela ou Pica no Chão.

A arte da cozinheira está no perfeito equilibrio entre a gordura, o vinagre e o sangue, o arroz carolino solto e bem cozido, rico de carne desfiada, com a absorção das essências no ponto, e os nacos do galináceo abundantes, na textura e entrosamento ideais.

O frango quer-se ser caseiro, merecedor do epíteto de pica no chão. Rijo de carnes e encorpado no tamanho. De vez em quando tenho a sorte de ser presenteado com um exemplar. Da infância recordo os odores da cabidela da “minha” Laurinda, que matava e sangrava o galo para uma malga com vinagre. E uma tasquinha na Senhora da Hora, que já não existe.

Nos dias de hoje pode ser encontrado na “Casa Florêncio”, em Azurém, Guimarães, depois de uma visita ao belíssimo centro histórico de Guimarães. Para os que venham de mais longe recomenda-se a estada na Pousada de Santa Marinha.

E em Santa Marta de Portuzelo, no "Camelo" o celebrado Arroz de Cabedela Pica no Cão de Calça Curta, que combina bem com uma estada no "Paço de Calheiros", a meio caminho entre Viana e Ponte de Lima.

No Porto, encontramo-lo no “Rogério do Redondo” , a dois passos do miradouro das Fontaínhas, e mais a norte em Leça no “António”. E até no mais sofisticado “Degusto” da “Vinho e Coisas”. Bom pretexto para uma ida a Chaves é a cabidela do “Carvalho” para depois uma visita à cidade e terras do Barroso se pernoitar no excelente “Hotel Forte de São Francisco”.

Mas também por Lisboa se encontra bom arroz de Cabidela. No Bairro Alto no “Pap’Açorda”. E o premiado arroz de Cabidela de Vitor Sobral espera por si no “Terreiro do Paço” às sextas.

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