Thursday, December 14, 2006

QUARTO DE HOTEL ( 19) Royal Mirage One and Only


Há um adágio popular que diz que não devemos voltar aonde fomos felizes. No Arabian Court do Royal Mirage eu fui feliz. Com a Cristina e a Margarida. E voltei lá. Da segunda vez a Carolina (made in Dubai) também foi connosco. Um dia destes voltamos lá os quatro.

Na primeira visita, com a companhia do Zé Rui e da Talinha visitamos a cidade e exploramos os malls e os restaurantes do Dubai.

Fomos ao deserto e as meninas vestiram-se apreceito para o jantar.
Cruzamo-nos com o Frank Williams no seu veículo em fibra de carbono, e com os ombros largos da Justine Hénin. Espreitamos o Burj-Al-Arab. Vimos tapetes e ouro. E vimos que no Dubai o INEM vai de helicóptero.

Na segunda visita, com as duas pequenitas, e com a oferta que o hotel me fez de meia pensão por lá ter voltado, só voltei a sair l no regresso ao aeroporto. Apesar de tudo, a viagem até ao hotel deu para percebermos a grande transformação em apenas 15 meses. Desde logo pelo aeroporto. E depois pelos ínumeros arranha-céus que vão crescendo como cogumelos. E novos hotéis. E a "palmeira" que (infelizmente) vai crescendo ao largo do hotel.

O Royal Mirage é um oásis no meio desse deserto polvilhado de marinas, campos de golfe e cimento que é o Dubai, longe dos malls e do betão e das multidões do Jumeirah Beach Hotel, tão popular entre as nossas agências de viagens. O Mirage tem três ambientes dentro do Hotel. O Palace, opulento, com um lobby sumptuoso, a piscina mais bonita e o restaurante de topo. O Residence, só suites, mais exclusivo, e com um spa fabuloso.
E o Arabian Court, mais "kids friendly", que pretende recriar a fantasia de uma fortaleza árabe. Foi lá que fiquei. Os seus jardins são de grande beleza e um deleite para as crianças.

Recomendo que reservem um quarto no piso térreo que abre directamente para o relvado.


A piscina do Arabian Court é das melhores que conheço, com a área para os mais pequenos, enorme, separada da mais profunda por palmeiras.


A piscina é climatizada, com a temperatura da água sempre a 28-29º, ou seja, aquecida no Inverno e arrefecida no Verão ( leia-se em Maio).

O apoio à piscina é excelente, com gazebos (tendas) para as suites ou para casais com crianças (se houver disponibilidade, o que é habitual).

Até porque mesmo com o hotel cheio, espreguiçadeiras à sombra ou ao sol não faltavam.

Como o calor aperta, água, toalhas refrescantes, frutas tropicais e sorvetes são constantemente oferecidas aos hóspedes.

A praia de fina areia branca, outrora fabulosa, tem agora a palmeira em construção a cortar a linha do horizonte. A água em Março é fabulosa, a partir de Maio com temperaturas superiores a 30º começa a ser quente demais para quem gosta de nadar mas óptima para quem gosta de ficar de molho.

O Eau Zone, junto à piscina é excelente oferecendo excelentes saladas, pastas e cozinha tailandesa. E água Voss, tão na moda nas nossas lojas gourmet. O hotel dispõe de vários restaurantes. No Arabian Court recomendo o Nina, com excelente cozinha indiana. O Rotisserie tem uns pequenos almoços fabulosos e um buffet ao jantar excelente, variado, com muita qualidade, nada tendo a ver com os buffets dos nuestros hermanos. No Palace o Celebrities é o mais in, mas não admitem crianças pelo que não fui lá. Recomendo o Tagine, com boa cozinha marroquina, e desiludiu-me o Olives, italiano pouco imaginativo.

Depois de jantar o Rooftop , no terraço, oferece um cenário das mil e umas noites.

No Kasbar há música e dança ao vivo.
E no Arabian Courtyard é imperdível beber um chá de menta e fumar nargileh com aromas de maçã ou alperce.

Os quartos são enormes, com decoração árabe, claro, camas king size, quarto de vestir, internet de alta velocidade e RTPi .

As casas de banho, em mármore, têm banheira e cabine de duche de tamanho familiar.

O serviço é fabuloso. Desde o rapaz que arruma o quarto, aos senhores que arrumam o carro. Pelo Sousa (de Goa) do bar da piscina ao Ali (do Cairo) que se cruzava connosco nos corredores e tinha sempre um sorriso para as crianças. Foi curioso voltar ao Hotel um ano depois e reconhecer e ser reconhecido por muitos dos funcionários. Os empregados são quase todos egipcios ou indianos, e os funcionários superiores eram todos europeus.

Lá voltarei um dia destes.

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