Monday, September 17, 2007

Lobos do mar, Nobre Jogo

A melhor equipa do mundo defrontava a equipa amadora. Antevia-se bonita, a festa. Por isso lá marquei presença.

O hino cantado com alma. A Haka, poderosa e assutadora. Num jogo em que não há anti-jogo, onde não se pára para assistir os lesionados. Os All Blacks eram mais fortes e mais rápiods. Saltavam mais alto.Comandados por Rockocoko e um imperial Jack Collins, fizeram 16 os ensaios. Mas os portugueses fizeram 81 placagens. O Dioga Mateus sozinho fez mais de 30. Festejadas como uma vitória. Conseguiram uns inimagináveis 44% de bola no meio campo neozelandês. Gonçalo Malheiro fez o primeiro drop do Mundial. O 1,69m do Pedro leal não o impediram que derrubar alguns dos gigantes da Nova Zelândia. Até o Aguilar, que alguns dizem ser como o Nené que nunca sujava os calções acabou suturado com 8 pontos. E o ensaio de Rui Cordeiro ( com pele de Lobo) foi uma demonstração da vontade e da coragem do pack lusitano. O Vasco Uva e o Marcelo D'Orey sairam lesionados. Mas deram tudo o que tinham. Marcar treze pontos aos All Blacks não é para todos. Que o diga a França, maior potência europeia, que no último embate perdeu 63-10.

No final de um jogo classificado histórico pelo Presidentes da IRB, o público aplaudiu de pé ambas as equipas. Que acabaram a conviver no balneário luso, com umas Sagres, depois de um jogo de futebol, ganho pelos portugueses por 3-1. A imprensa internacional (L'Equipe, La Gazzeta Delo Sport) deu ao jogo honras de 1ª página. E enalteceu a coragem dos portugueses. Por cá a imprensa desportiva optou pela nota de rodapé, e só o Público se salvou.

Seguem-se a Itália e a Roménia. E a vontade de fazer sempre melhor. Só volto ao Mundial para ver as mais finais, em Paris. Mas valeu a pena ir a Lyon.