Monday, January 29, 2007

MAXjet

Já tínhamos as low-costs como a Ryanair, a Easyjet e a Air Berlin. Que ligam o Porto a alguns (ainda poucos) destinos europeus.
Mas a MAXjet é um novo conceito. Aviões Boeing 767 com apenas uma cabine com 102 lugares de Business Class. Para já apenas fazem a ligação de Londres a três destinos nos USA : New York, Washington e Las Vegas. Por 1200€.










Business low-cost é realmente inovação.

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A Ponte é uma Passagem (2) Oresund

Um assombro esta ponte tunel que liga a Dinamarca e a Suécia. Seria a mais longa da Europa não fosse um tal de Vasco da Gama.



Quiosque do Prazeres (2) l'Echo des Savanes

Quando idealizei este post era para recomendar uma revista de BD. Mas será afinal um obituário. Porque em Dezembro a l'Echo acabou sem aviso. Como antes a Á Suivre. Ou o nosso Tintin.Fundada em 1972 entre outros pelo genial Marcel Gotlib, que descobri através de um herético "Rha-Gnagna" que o Nuno e o Miguel trouxeram de Bruxelas. Pelo meio de artigos de humor corrosivo e insolente por lá passaram Pratt, Moebius, Franquin, Manara, Bilal, Tardi, F'murr, Muñoz (Grand Prix Angoulême 2007) y Sampayo, Jodorowsky, Prado, Sokal e tantos outros.

Suspensa em 84, renasceu em 2005 como publicação mensal, "formule enrichie", com 200 páginas que incluiam por €4.90 um álbum integral. "La Marque du Peché" de Trillo em Dezembro, "Tueur de Cafards" de Tardi em Novembro. Druillet em Setembro. Valiam a compra da revista. Habituei-me a comprá-la nas lojas Relay dos aeroportos e ultimamente no El Corte Inglés.

O sr. Lagardére decidiu suspender sem aviso a sua publicação. Por isso au revoir les enfants. Salut Joan, Vuillemin, Charb, Luz & Riss, Jul, Pétillon & Rochette, Mezzo & Pirus, Olivier Grojnowski, Riff & Corcal, Ness, Arnon, Benjamin Ferré, Vila & Collignon, Trillo & Dominguez et Autheman que desenharam as 118 pranchas de BD que integram a L’Echo n° 266. Não se puderam despedir dos seus leitores fiéis. Que deixaram orfãos.

esperanças que a revista renasça. Há até um site de apoio à l'Echo.
Enquanto não renasce resta a Fluide Glacial.
E se cá chegasse a Bodoi.

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Lua de Mel (2) BALI at Four Seasons

Depois das Maldivas vamos até Bali. Aqui temos duas alternativas. Four Seasons ou Aman. E o complemento Praia e Ubud. Para terminar se os noivos tiverem tempo para cultura sugiro uma ida ao Borobudur (em Java) ou ao Angkor Wat ( no Cambodja).

Four Seasons Resort Bali at Sayan

Há tempos recebi um mail com fotos deste paraíso.

O meu amigo Rui já lá esteve e confirma que se trata de um luxuriante santuário de prazer e harmonia, localizado sobre o rio Ayung e os socalcos de arrozais , a minutos de Ubud, o centro cultural de Bali.
O hotel tem 18 suites e 36 villas que dispoem de uma área de estar que se abre para um deck com "plunge pools" privadas de 12m2 e jardim.

Recomendo o pacote de três noites com o banho floral à chegada,
o pequeno almoço à la carte na villa, e uma massagem balinesa para dois.


Há também o pacote de lua de mel que inclui além do anteriormente descrito cesta de frutos, chocolates caseiros e bouquet de orquídeas à chegada, mais uma massagem Lulur, com o elixir com ervas e especiarias a que se segue um banho de imersão a dois com plantas e flores.

E ainda um jantar à luz de velas no terraço da villa servido por mordomo privado, com arranjos de flores e velas ornamentando o quarto e a piscina. Espectacular, mas implica uma estadia de cinco noites (a minha escolha seria ficar mais noites na praia).

O alojamento seria numa Villa com 200 metros quadrados, decorada com artesanato local, cama king size, LCD 25''. A casa de banho em mosaico e granito, lavatórios em mármore duplos, banheira para dois e cabine de duche separada, e duche ao ar livre em teca sobre seixos.

Atendendo a que um jantar é na villa e que Ubud tem restaurantes fabulosos como o Lamak ( do chef alemão Roland Lickert) ou o Mozaic ( do chef Chris Salans, ex "French Laundry", o melhor restaurante dos USA) não vale a pena jantar no restaurante do hotel, o Ayung Terrace.

O preço será de 500€ por noite ( 600€ em villa com vista para o rio).

Four Seasons Resort Jimbaran Bay

O complemento ao retiro de Ubud é a praia em Jimbaran Bay.
Mágico. Sensual. O cenário de ideal para mais um interlúdio romântico.
Escondido entre a folhagem luxuriante de uma encosta em socalcos sobre auma baía. Pacífico, elegante, romântico, e acima de tudo, inteiramente privado.

Os quartos mais "modestos" são as villas, com 204m2, que têm jardim tropical privado murado e três pavilhões ao estilo de Bali com zona de estar, de dormir e banho.
O jardim tem um deck com uma "infinity plunge pool" sobre a baía de Jimbaran.
As casas de banho têm as mesmas mordomias do hotel de Sayan.


Tem também os pacotes de três e cinco noites do outro hotel. Em ambos hotéis há afamados cursos de cozinha oriental.


Na restauração temos três alternativas. O PJ's, cozinha internacional, com destaque para o peixe e as pastas, num deck sobre a praia. O Taman Wantilan, especialidades indonésias num restaurante panorâmico com vistas sobre a praia e os vulcões. E o Warung Mie com especialidades asiáticas.

Angkor WatUma das maravilhas do mundo, culminar de cinco séculos de civilização Khmer, as ruínas do templo de Angkor, espalham-se ao longo de 20000 hectares. Serena e majestosa, capital noséculo XII , tem no Anglor Wat o seu expoente máximo, com as suas cinco torres representando o mitológico Monte Meru. Os seus baixos relevos são fabulosos. Explorar o Angkor Wat e o Angkor Thom e os despojos da civilização Khmer é uma experiência memorável. O meu amigo António, com um currículo de mais de 120 países visitados, diz que este é o seu templo favorito, entre todos os que visitou por esse mundo.

A estadia pode ser no Amansara ( da cadeia Aman) resort de 24 suites que foi outrora um palácio do Principe Sihanouk. Inclui mordomias como o transfer numa limousinne que pertenceu a Sihanouk, piscinas luxuriantes e um a sala de jantar circular com um pé direito de sete metros. Mas por menos de metade do preço temos a opção do Raffles Grand Hotel d'Angkor ou o Sofitel Royal d'Angkor.

Angkor seria o zen(ite) de uma viagem inesqucível e enriquecedora.

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Friday, January 26, 2007

Selecção Nacional (2) Pézinhos de Coentrada

Para Miguel Sousa Tavares gostar de Pézinhos de Coentrada é um sinal do seu carácter. De homem livre, quase um troglodita num Mundo em que os gestos e os gostos são padronizados.

Também eu adoro Pézinhos de Coentrada. Expoente máximo da gastronomia alentejana. Exemplo superlativo de uma cozinha de aromas que consegue transformar uma parte menos nobre do reco num manjar divino. Os coentros são o toque de midas que transformam ingredientes medianos em deleite para os palatos. O cação é um peixe gordo, mas as Sopas de Cação são imperdiveis. As açordas, o arroz malandrinho, as costeletinhas de borrego, o que seria delas sem os coentros. Quem se lembraria de Bulhão Pato? Só pelos coentros valeram a pena os Descobrimentos.

Podemos encontrá-los por todo o Alentejo. Na "Maria" no Alandroal, depois duma visita a Juromenha. No "Páteo Real" em Alter num fim de semana que inclua uma visita aos cavalos lusitanos na Coudelaria Nacional com dormida na Pousada da Flor da Rosa. No "São Rosas" em Estremoz ( depois duma sopa de baldroegas) mesmo ao lado da Pousada Rainha Santa Isabel, a conjugar com um visita ao quarto do Senhor Dom Carlos. No "Grémio" ou no "Aviz" em Évora, depois de um madrugador passeio de balão e uma estada no Convento do Espinheiro. No "Chana do Bernardino", tasca em Aldeia da Serra a dois passos do Convento de São Paulo, refúgio para retiros espirituais ou outros que tais. No "Manuel Azinheirinha" em Santiago do Escoural, onde não é preciso conciliar com nada porque só a gastronomia vale a viagem.

E no Porto os melhores. Heterodoxos. Desossados. Soberbos. Sublimes. Mesmo se associados a risotto de açafrão. No Bull & Bear. Actualmente estão a hibernar. Mas já há petições para que o Miguel Castro Silva os recoloque na lista.

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Thursday, January 25, 2007

Lua de Mel (1)

Um amigo pediu-me conselho para uma lua de mel. Que ele quer que seja inesquecivel. E de preferência numa ilha. Assumindo que não está disposto a ir para a ilha da Virgin deixo-lhe algumas sugestões. Começo pelo

Four Seasons resort at Landa Giraavaru
MALDIVAS

As Maldivas são o local ideal para uma lua de mel pois nada há para fazer. Nem museus nem templos a visitar. Praia, snorkeling e mergulho. Descanso. E mel.

Chega-se a este idílico refúgio num cénico voo de 30 minutos em hidroavião. Com a sofisticação e o serviço característicos do Four Seasons o hotel oferece 102 villas, sobre a água ou na praia, algumas com piscina e jardim privados.

Chega-se a este idílico refúgio num cénico voo de 30 minutos em hidroavião. Com a sofisticação e o serviço característicos do Four Seasons o hotel oferece 102 villas, sobre a água ou na praia, algumas com piscina e jardim privados.

A minha escolha seria a “Beach Villa with Pool”, com uma área exterior privada de 260 metros, com uma piscina de 12 metros com um deck com espreguiçadeiras e rede. No interior com 137m2, a sala de estar dispõe de sofás e de um deck para observar o pôr do sol ou para um jantar romântico a dois. O quarto, com mobília em teca, tem uma cama king size com mosquiteiro, plasma com leitor de DVD e quarto de vestir. O quarto de banho para além de uma banheira generosa e lavatório duplo dispõe de uma cabine de duche familiar que pode abrir para o exterior.

Dispõe de três restaurantes que oferecem cozinha oriental, árabe e italiana.

O Spa vale a viagem, proporcionando bem estar físico e mental, com destaque para os tratamentos ayurveda.

É possível combinar a estada no hotel com algumas noites passadas a bordo do Explorer, o barco do hotel.



Water Villa 630€
Beach Villa with Pool 630€
Beach Bungalow with Pool 490€


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Tuesday, January 23, 2007

África Minha (4) Matetsi no Zambezi

De Maun voamos para Victoria Falls. Era suposto ter um transfer para nos levar ao lodge, a cerca de 60 km do aeroporto. Como em África há sempre um imprevisto não estava ninguém à nossa espera. Soube depois que o incauto guia que ostentava um cartaz com o nome “Fernando” acabou por levar um espanhol com o mesmo nome para outro hotel no centro de Vic Falls.

Aluguei um carro da Avis. Pouco depois chegamos aos portões da Matetsi Game Lodge, uma reserva de 45000ha nas margens do Zambezi. Fiz como o Axel, imitando o Bob e bati às portas do céu. Esperavam-me dois dias de sonho.

O alojamento é fantástico. O nosso quarto tinha uma sala de estar, um quarto enorme com janelas do solo ao tecto e portas de teca que se abrem para o rio, cama com mosquiteiro (para nos proteger mais das aranhas que dos mosquitos e uma casa de banho superlativa.
Lavatórios de um e outro lado, Banheira, Cabine de Duche, Sanita separada e duche ao ar livre.

E uma deliciosa “plunge pool” privada com um deck sobre o mítico Rio Zambezi.
Na companhia de simpáticos macacos e demais bicharada. Para quem não chegasse a plunge, a swimming pool estava na área comum. Nunca lá fui.

Como qualquer safari lodge a estadia é em pensão completa e inclui dois safaris por dia.

Na Matetsi destaco a beleza das manadas de elefantes atravessando o Zambezi e as manadas de búfalos. Vi “wild dogs” à caça, mas só vi a carcaça do gnu que tinham caçado.


E o requinte do chá ao pôr do sol, numa colina sobre a savana.



Mas o que marca na Matetsi é o rio. Sempre presente.
Inesquecivel o passeio ao fim do dia, de canoa, através do Zambezi.

Por entre hipópotamos e crocodilos.
Ainda bem que o guia recomendou que se atacados por hipopótamos a prioridade era afastar-nos da canoa. Claro, depois tínhamos os crocodilos.
O pôr do sol, na canoa, com a Cristina, no meio do rio, a dois braços de distância dos crocodilos, mágico.Os nossos companheiros nessa jornada foram um casal de sexagenários neozelandeses que acabavam de chegar da Zâmbia de um safari a pé. Tanto insistiram que acabei por embarcar na aventura de fazer o safari a pé na Matetsi.
Com o guia armado, um casal de ingleses e outro guia com uma caixinha de primeiros socorros. Depois das recomendações sobre como actuar perante um leão ( que desconfio que não há na Matetsi, por isso me atrevi a fazer o passeio) lá partimos para o passeio. Girafa aqui, gnu acolá, o passeio estava algo entediante. Estava já peritos em distinguir as fezes das hienas e das chitas, e os verdadeiros fardos de palha que são as fezes dos elefantes quando avistamos ao longe uma manada de paquidermes. O nosso sempre sorridente guia levou-nos até próximo da manada. Foi então que senti uma suave brisa. O sorriso do guia fechou-se e fez-nos sinal. Para correr. Muito. Assim fizemos. O vento mudou, e os elefantes carregaram sobre o local onde segundos antes estávamos. Em marcha acelarada e com muita adrenalina só paramos no jipe.

Ao final do dia, depois de uma banhoca retemperadora, o jantar era servido ao ar livre, nas margens do rio, com o requinte de um clube inglês.

Recordo desses jantares a fogueira, o gin and tonic, um americano sósia do Francis Ford Coppola que falava português e uma espetada de crocodilo ( que sabe a frango). E um Shiraz australiano a aquecer a alma.

Foram dois dias perfeitos. Nos dias que correm a Matetsi está quase em saldo ( 500€ por noite, em pensão completa e safaris) talvez porque o Zimbabwe não seja hoje um destino tão seguro como era em 98 quando lá fui.