Saturday, October 28, 2006

NYC Low Budget

NYC low budget é um exercicio difícil. A cidade tem muita coisa boa e cara.

Desde logo à chegada não vá de taxi do aeroporto para o Hotel de taxi. Vá no Bus que deixa nos turistas em múltiplos pontos de Manhattan. Claro que pode ter azar e visitar 4 ou 5 hotéis antes do seu. São os custos do low budget. Depois não ande de taxi. Vá a pé ou de metro. Manhattan é hoje uma cidade segura graças a Rudy Giulliani. Pode-se andar à vontade mesmo à noite pelas ruas. De metro durante o dia não há problema. Claro que se deve evitar aquele ar de turista com máquinas a tiracolo e boca aberta.




A
melhor opção para hotéis very low budget são os applecorehotels. São um conjunto de cinco motéis de cadeias que se encontram nas estradas de todo o país. Já fiquei em alguns deles em terrinhas de fim do mundo. São aceitáveis, com o mínimo de conforto ( banho, AC , TV ) , sem luxos mas limpinhos. O preço ronda os 100/ noite o que para o standard de NYC é muito barato. O Confort Inn e o Super 8 Hotel são os mais bem localizados, perto da Times Square.






Mais barato só a YMCA. A Vanderbilt YMCA foi fundada em
1875 na
cave da New York Rail para alojar os ferroviários que pernoitavam em NYC. Com o crescente número de ferroviários "Railroad Y" (como era então conhecido mudou-se em 1932 para a East 47 Street. . Tornou-se um centro de apoio à juventude do bairro, com programas dociais para a comunidade. E tornou-se albergue da juventude. Também foi celebrizada pelos Village People, com toda a carga que isso possa ter. Localizado no coração da cidade, tem concierge e dispõe de 2 piscinas, ginásio, saunas e turco (cruzes...). É o hotel ideal para o anónimo das 10.56.

Comer bem em NYC é fácil. Comer barato também . Pode-se entrar numa convenience store e comprar uma bebida e uma sandwich ou fatia de pizza e pagar 3-4$ . O Tony Roma's ( famoso pelas suas Ribs) saiu de NYC mas tendo a cadeia sido comprada pela Pizza Hut o seu regresso está anunciado. É um must. A alternativa é o Virgil BBQ, e embora as ribs não sejam as do Tony's ( essas são únicas) marcham. O Dennys, outro ícone da restauração barata nos US não existe em Manhattan. Mas está lá a Pizzeria Uno, com pastas e pizzas suculentas. Nas pastas outra cadeia de fast-food italiano é a Katz Deli, cujo pastrami é procurado por chefs de renome. E as senhoras já sabem o que vão pedir.Ou a Carnegie Deli, frequentada por Woody Allen. São famosos os burgers, o cheese cake e a "Broadway Danny Rose". Evite o vinho, caro, e fique pela cerveja. Miller ou Sam Adams. Ou uma Coke. .

Na Little Italy é sempre agradável almoçar ou jantar em clássicos como o Il Cortile ou a Casa Bella. Com um ambiente que evoca o Padrinho, a todo o momento esperámos que um personagem de Goodfellas. E aqui servem Pepsi. No tempo em que nos USA encontrar um bom café não era fácil, a pastelaria Ferrara era paragem obrigatória. Aí podemos apreciar os cannoli que Tony

Soprano tanto aprecia. Ou como dizia Clemenza " Leave the gun, take the cannoli". Nas pastas e pizzas a cadeia de fast food italiana Sbarro está por todo o lado. É barato e mata a fominha.

Em Chinatown no Big Wong come-se bem e barato, mas não esperem toalhas neste restaurante com serviço tipo "sempre a andar". É uma entre muitas ofertas que por lá existem. Não deixe de visitar o mercado, e abasteça-se de fruta. E claro é lá que estão os ten dolla.

Mesmo em low budget uma refeição decente impõe-se. Há que procurar o menu pré teatro do Becco, italiano conceituado, ou as vistas do "21 Club" ,no Rockefeller Center, por metade do preço. Ou os menus de almoço no "Gotham Bar and grill" , votado pelos newyorkers como o restaurante mais popular, com comida excelente, ou no "Tribeca Grill", de Robert de Niro, por 16€.

Em NYC como vimos pode-se poupar no hotel, na comida e no transporte. Mas os espectáculos e os museus têm de ser vistos e por aí não há muito por onde fugir. De qualquer modo o CityPass permite por $53 visitar o Guggenheim, o MoMa, o Empire State, fazer o Cruzeiro da Circle Line ( só a 1ªmetade vale a pena), o Museu de História Natural e o Intrepid Sea Air Space Museum.É uma pechincha .

E depois passeie. De graça. Pelo Central Park e pelo Riverside. O charme do SoHo e NoLita. E da Village. A opressão de Wall Street e a Liberdade de Battery Park. A grandeza de Park Avenue. E a 5ª avenida. A multidão de newyorkers que se cruzam nas passadeiras sem se tocarem. Crash em NYC.

No Teatro o TKTS é uma alternativa para quem vai em low budget. Geralmente não tem bilhetes para os espectáculos em estreia, mas há muito por onde escolher. No Blue Note e no BB King, visitas obrigatórias fique em pé, no bar, e já poupa mais alguns dólares.

Se ainda lhe sobram algumas notas para compras vá ao Bloomingdale's. É o mais desorganizado dos Department Stores ( os TopEnd são o Bergdorf Goodman, o Saks e o Neiman Marcus), mas está sempre com saldos. Visite também a "Ina", com lojas no SOHo e NoLiTa. Famosa por vender as roupas que Carrie e Samantha usaram em "Sex in the City", é uma oportunidade de comprar roupa de marca a preços simpáticos.

This is as far as I can go. E no final façam coro com a Christina.

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Thursday, October 26, 2006

Listas (1) Os 101virtuais mais influentes

Os americanos têm as mania de listas. 10 most wanted. . 500 maiores empresas. 100 mais sexy. 50 mulheres mais poderosas. 400 mais ricos. Os 50 mais bonitos da People. Têm até uma revista famosa, a Forbes com listas de tudo.

Mas a lista que verdadeiramente interessa apenas surgiu agora pela mão de três svozinhos reformados. São "The 101 Most influential people who never existed". Nunca viveram mas são imortais. A escolha é controversa e reflexo da cultura americana.

Esquecidos ficam personagens europeus como Astérix, Tintin, Corto Maltese, Mr. Hulot.



O Marlboro Man encabeça o ranking. É considerado o maior serial killer de todos os tempos. O Pai Natal em quarto. A Barbie 43ª. Os avozinhos têm poucas netas. Mickey só 18º. James Bond 51º. E o George W. Bush nem sequer aparece.

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10 Quartos de Hotel em NYC

Para ficar em grande estilo em Manhattan opções não faltam. Na Midtown, apostas seguras são o Peninsula e o Four Seasons, representantes em NYC das duas melhores cadeias de grandes hotéis que o mundo conhece.

O Peninsula é famoso pelo Spa, pelo serviço ( e pelos milagres dos seus concierge) e pelo bar no terraço.

O Four Seasons que nos guias surge cotado como o melhor hotel da cidade distingue-se pelos seus quartos enormes, os sabonetes Bulgari e a novidade do novo restaurante “L’Atelier de Joel Robuchon” do genial chef francês.

Ainda na Midtown o Chambers é um hotel trendy, cheio de acção e de gente bonita, com decoração minimalista, um lobby arrebatador e sais de banho Bumble & Bumble.




Para quem gosta de ficar em Times Square o W e o Westin são boas escolhas.


Perto do Lincoln Center o Mandarin, com um spa fabuloso e quartos high tech bate o Trump, um hotel à imagem do Donald com um restaurante famoso, o Jean George.

Do lado de lá do parque o Carlyle, famoso pelo grupo com o mesmo nome e porque é lá que Woody Allen toca, é uma boa opção. E no South Central Park, qual Plaza, têm é de ficar no Ritz Carlton que tem as melhores vistas da cidade.

Mas eu vou pelas escolhas do Francisco. No Soho, para além do Mercer de que já falei aqui, ele recomenda o 60 Thompson. Verdadeiro HIP Hotel, popular entre a gente da moda e do cinema, tem um design fenomenal de Thomas O’Brien e os Aero Studios. Os quartos de decoração moderna, com madeiras escuras e esquemas de cores subtis , banhos em mármore e la está, sabonetes franceses e lençóis Frette.

O Thom's Bar atrai uma clientela jovem e animada que confere ao Hotel um ambiente de festa e o lounge do último andar, de decoração marroquina, é “perfect for closing the deal—both personally and professionally” dizem os locais.


A outra escolha é o Rivington, um dos hotéis do momento em NYC. Capa do último álbum de Moby “Hotel”, erigido por Paul W. Stallings no Lower East Side, destacando-se pela arquitectura genial do britânico Zaha Hadid, vencedor do Pritzker Prize em 2004 ( o Nobel da Arquitectura que conta entre os laureados Frank Gehry, Àlvaro Siza e Rem Koolhas ) e do holandês Marcel Wanders .


Os quartos são delirantes, especialmente os de canto, vidro e aço que se abrem sobre a cidade, irradiando luz e vistas de morrer.As pontes, o Downtown, Brooklyn. Tanta luz incomodaria os que gostam de dormir até mais tarde, mas os cortinados duplos, um translúcido, outro opaco dão a volta a todo o quarto a um toque num botão. Lençóis e roupões Frette. O minibar inclui o famoso Teany Tea, do tea house de Moby , na mesma rua do hotel. DVDteca e, vejam só, “JBL On Stage iPod speaker system”

Os quartos de banho, bem ... também são vidro do
chão até ao tecto, pelo que se quem toma banho vê o pessoal na rua... é necessário confiar no vapor de água. O chão é aquecido e o shampoo é Paul Labrecque .Os quartos Unique têm uma banheira japonesa para duas pessoas e cabines de duche para três(?). Vale a pena visitar o site para ver a Owner’s Suite e a Penthouse. Que também serve para dar festas. Até de bloggers.

A 25 de Abril lá estarei.

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Wednesday, October 25, 2006

So What

Para ilustrar o post do luminoso aqui têm o Quintet ao vivo.




O Miles já tinha sido evocado aqui pelo danielbm. O luminoso é mais novo do que eu ou o lanterna. Hoje é fácil ter acesso à música. Há a FNAC, a amazon, o iTunes e n sites d downloads de mp3. No "meu" tempo havia a Tubitek e pouco mais. Lembro-me me juntar na cave de um amigo para ouvirmos um célebre disco do Miles e Coltrane "Live in Stockholm 1960". Importado. Caríssimo. Aliás Estocolmo devia ser nessa altura uma meca do jazz porque outro dos meus LP's "míticos2 era "Ornette coleman at the Goden Circle", também gravado ao vivo em Estocolmo.



Miles Davis é genial. Para além do génio deu a conhecer ao mundo grandes músicos. Os seus diversos quintetos integraram gente que hoje faz parte da mitologia do jazz. De Coltrane a Wayne Shorter, Bill Evans, Herbie Hancock Chick Corea. Até Mingus e Thelonious Monk. E até o Miles eléctrico de que este Silent Way é um dos seus máximos expoentes foi inovador. Mas para mim "Kind of Blue" continua a ser a sua suprema obra prima. Sou suspeito porque sou um incondicional de Bill Evans.

So What?

Jazzteca do Luminoso


Um pequeno contributo para os tais prazeres do diabo...

Sugerir títulos para fazer parte de uma Jazzteca é de um grande atrevimento vindo de alguém que ouve Jazz sem dar importância aos tratados que por aí andam sentenciando estrelas a uns e a outros discos.

Iniciei-me nesta aventura do Jazz relativamente cedo quando encontrei entre os CDs do meu pai (um melómano com maior zelo pela música clássica) uma colectânea de alguns dos mais memoráveis concertos realizados em França na década de 60, década de Ouro do Jazz. Incluia, fundamentalmente, nomes do chamado Jazz Mainstream mas também do Jazz mais rebelde, mais vanguardista. Ouvir Jazz pela primeira vez com John Coltrane a tocar Naima ou Bill Evans a tocar Waltz for Debby é começar pela porta grande.

Não sou um entendido de Jazz. Nem pretendo ser. Sinto um prazer sincero em ouvir Jazz. A sós ou acompanhado. A ler ou a meditar.

Queria partilhar o meu Jazz.O primeiro disco é, na verdade, um conjunto de discos, uma colectânea de cinco álbuns extraordinários que foram “despachados” num ano por exigência de um contrato.

Passo a explicar: em 1955, Miles Davis acabara de assinar um contrato com a editora Columbia. Formou o Miles Davis Quintet dando início à sua colaboração com John Coltrane. Faltava, no entanto, gravar cinco albuns para a Prestige.

“The Legendary Prestige Quintet Sessions” constituem os tais cinco albums em falta: “The New Miles Davis Quintet”, “Workin”, “Steamin”, “Relaxin” e “Cookin”. Estes cinco albuns foram gravados enquanto se preparava simultaneamente outra obra-prima desta vez para a Columbia: “Round Midnight”.

O quintento é constituído para além do próprio Miles Davis no trompete e John Coltrane no saxofone tenor, por Red Garland no piano, Paul Chambers no Contrabaixo e Philly Joe Jones na bateria. A sonoridade brilhante cabe ao famoso engenheiro de som Rudy Van Gelder.

A escolha deste primeiro conjunto de registos tem uma razão de ser. Para além, da sua qualidade óbvia, estes albuns constituem um momento chave porque definem, na sua transição do BeBop e Cool Jazz para o HardBop, a sonoridade que melhor indentifica o Jazz.

A €49,95 na FNAC (Caixa de 4CD).

Boa audição.

Luminoso

Sunday, October 22, 2006

The Theater Lies down on Broadway

Longe vão os tempos em que Andrew Lloyd Weber enchia os teatros de Londres e New York. "Cats", "Phantom of Opera", "Sounds of Music", "Jesus Christ Superstar", "Evita" ou "Sunset Boulevard". Velhos clássicos como "Miss Saigon" também já sairam de cena. Apenas "Les Misérables", que chegaram a ter Ricky Martin como actor secundário, resistem.


Curiosamente os melhores musicais vi-os no West End ,em Londres e não na Broadway. Adormeci no Cats. O Zé Rui ressonou no Ragtime. Apenas a curiosidade de ver ao vivo gente como Glenn Close em "Sunset Boulevard" , Sarah Jessica Parker (que começou na Broadway em criança como "Annie") em "Once Upon a Mattress", Whoopi Goldberg ( que começou nos anos 70 a fazer coros em "Hair" e "Jesus Chris Superstar") em "A Funny Thing Happened on the Way to the Forum", NathanLane e Mathew Broderick em "The Producers" que com "Chicago" foram os dois musicais que mais apreciei e que ainda permanecem em cartaz.


Actualmente, e seguindo uma onda que também vinga em Londres, a da adaptação ao teatro da obra musical de uma banda ou cantor ( em Londres os Queen, com "We will Rock You" ), estão em cena "The Times they are a changin’ ", adaptando Bob Dylan, "Jacques Brel is Alive and Well Living in Paris" e "Mamma Mia" dos Abba. E o vencedor dos Tonys 2006, "Jersey Boys", inspirado por um grupo musical dos anos 60, os Four Seasons.

Da Disney temos
"The Beauty and the Beast", "Lion King", "Tarzan", "Mary Poppins".

Mas é "Spamalot", Tony para melhor musical em 2005, dos Monty Python que mais tem entusiasmado público e crítica.

O Tony para melhor peça em 2006 foi para "The History Boys", que teve em Richard Griffiths o vencedor do tony para o melhor actor batendo RalphFiennes, e Cynthia "Miranda" Nixon, a melhor actriz, em "Rabbit Hole".

Para aqueles quiserm comprar bilhetes em saldo recomenda-se o TKTS, em Times Square, onde se encontram bilhetes em rebaixa, na tarde do espectáculo.

Fedorento

Os Gato Fedorento vão lançar em breve o seu programa de humor na RTP. O Herman promete voltar a ser Herman na SIC. Mas foi no cabo que estreou hoje o grande comediante. Depois de uma prolongada ausência dos grandes palcos ele voltou.

Ele já nos tinha feito rir. E muito. Célebre a parelha que formou com a menina Paula. E depois, com o Acosta.



O que eu me fartei de rir. Proporcionou momentos de alegria a milhões de portugueses. Hoje voltou. . Estilo a lembrar as personagens de Francisco Meneses. Tal como Herman no passado com Estebes, Secretário fingiu ser um comentador de futebol. Aos microfones na Sport TV. Sem a inspiração deste outro mito, aqui ficam algumas das suas pérolas.

"Bruno Alves atrapalhou Helton", depois de Helton chocar com Cech oferecendo o golo a Liedson, que Bruno Alves evitou. "O resultado mais justo ao intervalo era o empate". "Bruno Alves deve entrar para o lugar de Paulo Assunção reforçar o ataque". "O Sporting está partido, o Porto é uma equipa mais compacta e tem o controlo do jogo", segundos antes de Liedson rematar à barra. "O porto pelo que fez na segunda parte merecia ter ganho o jogo". O Jesualdo é que não tem o mesmo sentido de humor. Então não foi dizer que "foi melhor o resultado que a exibição".

Para fazer concorrência ao Secretário só mesmo o Isidoro. Não o das salsichas, nem o do sonoro. O do apito. Também ausente há largos anos quer dar um concerto no estádio do Fontelo.



Recordo com saudades um grande concerto de apito que há algum tempo deu na capital. Hilariante. Pura magia. Três vezes o vermelho aos encarnados mostrou, e estes ficaram azuis.

Melhor ainda, só mesmo este homem que já fez dupla com Alecsandro (SCP) e Adriano (FCP).

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These little town blues, are melting away

Em New York, "the city that never sleeps" diz a canção, dificil é escolher qual o espectáculo que vamos ver. No Lincoln Center e carnegie Hall ópera, ballet e música erudita. Teatro e Musicais na Broadway. Mas há muito mais para ver.

New York é sinónimo de grande jazz. Em clubes como o Blue Note, onde podemos ouvir grandes nomes, numa sala aconchegada, num ambiente intimo, embora às vezes poluído pelos flashes de um turista japonês ou as ribs de alguém que por lá janta. Por isso, no Blue Note aconselho marcar o último dos espectáculos da noite, em que raros são os comensais. Por lá já tive a sorte de ver ao vivo Diana Krall, Diane Schuur, Diane Reeves, Toots Thielemans. Um amigo meu já lá viu ( e pediu um autógrafo) a Wynton Marsallis. Claro que podemos ver todos estes nomes noutros palcos. Eu já voltei a ver Diane Schur no Casino da Póvoa e Diana Krall, na primeira (que na realidade é a segunda) fila do Coliseu do Porto. Não é a mesma coisa. Lá a Diana pisca-nos o olho, o solo de contrabaixo e a bateria fazem-nos vibrar as entranhas . No Blue Note o ambiente intimista é fabuloso. Não é por acaso que grandes concertos ao vivo lá foram gravados. Como o de Keith Jarret, mítico. No Blue Note também passa muita música brasileira. Por lá vi Eliana Elias, este mês passa por la Milton Nascimento.

Até ao final do ano os amantes do jazz podem escolher entre Jim Hall ou Joe Lovano, no Village Vanguard. Chick Corea, Jane Monheit, Manhattan Transfer ou Chris Botti, no Blue Note, Regina Carter, Dave Holland ou Jeff Daniels ( o actor) no Birdland, ou Buster Williams no Smoke Jazz Club. Natalie Cole, unforgetable, e Queen Latifah no Appolo Theater, oportunidade para visitar o Harlem. E claro a banda de Woody Allen, às segundas no bar do Carlyle Hotel.

No Blues o BB King Blues Club, em Times Square, é rei e senhor. Para além de alguns shows do King, himself, há sempre bandas ao vivo. Para marcar espectáculos com o BB é preciso marcar com muita antecedência. O meu amigo RP já lá foi por duas vezes, e numa delas BB King veio ter com ele para conhecer o homem que foi do porto a NYC só para ver a Lucille. Mesmo as desconhecidas têm grandes músicos e o blues contagia-nos. Mas os grandes nomes também por lá passam. Como Shemekia Copeland em Novembro e James "I Feel Good" Brown na passagem do ano. E por falar em Soul, que tal Aretha Franklin no Hammerstein Ballroom.




Para quem isto não chegar pode ver os Placebo ou os Deftones no Nokia Times Square Theater, Marisa Monte, o velhinho beach boy Brian Wilson no Beacon Theatre, os Pet Shop Boys no Radio City, Beck, Gun´s and Roses ou Bocelli no Madison Square Garden, ou os Red Hot Chili Peppers e Bob Dylan na Continental Arena.



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Thursday, October 19, 2006

Quem te Viu, Quem te Vai Ver



Chico Buarque volta aos Coliseus. No Porto a 30/10 a 1/11, em Lisboa de 3 a 7/11. Chico trás o seu último album "Carioca", num espectáculo em que 12 dos 29 temas apresentados são do seu último álbum, lançado após uma ausência de sete anos. Talvez por isso nos trás o tema "Voltei a Cantar". E mais alguns clássicos.



Podem espreitar o concerto aqui.



Por isso Meus caros Amigos sigam este meu Bom Conselho, não fiquem a ver a Banda passar, e no final fiquem com Quem te Viu e Quem te Vê.

Bilhetes à venda aqui.

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Wednesday, October 18, 2006

I Love This Game

Para quem gosta de desporto uma excelente opção em NYC é ir ao Madison Square Garden ver um jogo da NBA. Apesar da grande equipa da cidade ser os NY Yankees, o basebol é muito monótono e dificil para os não americanos. Para quem gosta de Basket ir ver os Knicks não é uma opção, é uma obrigação. E hoje em dia tudo está facilitado. São várias as agências com bilhetes que se podem comprar online para os jogos. Até para a primeira fila, perto de Spike Lee, Harvey Keitel e Ethan Hawke.

Nada a ver com a pequena aventura que foi a minha ida ao Madison. Em Abril de 95. Cá em Portugal pedi ao meu agente de viagens para me reservar bilhetes para um show da Broadway em estreia ( "Sunset Boulevard", com Glenn Close, e para o jogo dos Knicks com Charlotte). A agente em NYC marcou o teatro e disse que para o jogo o melhor era comprar "on the ground". Já em NYC, na véspera do jogo, lá fui até à bilheteira do MSG. "Sold Out", ostentava implacável o cartaz. Aí percebi o que era o ground. Ou melhor, o underground. A Cristina dizia "vamos embora". Depois de me cruzar com vários "brothers" com gorros quase até ao pescoço que sussurravam "tickets, tickets", dirigi-me a um simpático senhor que vendia bonés e bandeirinhas. "Where can I buy some tickets for the game, man?" "Go home, see it on TV, their' all fakes". A cena trepetiu-se. Já cabisbaixo, e saindo do recinto, fui atingido pela luz. Dos neons do Pennsilvania Hotel. Mesmo em frente ao Garden. Dirigi-me ao porteiro e perguntei pela enésima vez "Where can I...". Do alto dos seus dois metros de altura assobiou imponente. Logo apareceu um cavalheiro de óculos escuros com vários bilhetes no bolso. Discutido o preço, a transacção foi rápida. E lá fui ao jogo. Depois de um "Hotdog and Coke" lá nos sentamos.




À época os Knicks tinham uma grande equipa. Era o tempo de Pat Riley, Pat Ewing e Latrell Sprewell. Nesse ano chegaram à final da Conferência caindo às mão de Michael Jordan e os Bulls. O jogo foi fabuloso. Alley-oops, slum-dunks, triplos mágicos, e o entusiasmo do público. Do meu lugar na geral quase precisava de binóculos para ver as caras dos jogadores. Apesar de tudo havia um que se destacava dos demais. Tyrone Bogues, do alto do seu 1.59m. Ganharam os Knicks com o jogo decidido no último minuto.

Este ano os Knicks têm uma equipa jovem, com três bons bases, Steve Francis, Stephen Marbury e Jamal Crawford, o poder dos postes Eddie Curry e Channing Frye, e contam com a evolução de Quentin Richardson e Nate robinson, rookies em 2005/06 e Renaldo Balkman, rookie deste ano. Nesta abertura da Liga, dois grandes jogos em Novembro, a 7 com Indiana, a 9 com os San António Spurs, campeões em 2005 e finalistas vencidos em 2006.



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Taxi Drivers

Quando pensamos em NYC, pensamos no Empire State, na Estátua da Liberdade, em Times Square e ... nos yellow cabs. São de facto uma imagem de marca da cidade. Sobretudo quando subimos a um edificio alto e olhamos para as filas do trânsito, a mancha amarela domina as ruas. Parecem enxames que se deslocam numa perfeita harmonia, de semáforo em semáforo. Em NYC há 12000 taxis. Apesar de que qualquer turista que se preze faz milhas e milhas a pé, alturas há em que é necessário apanhar um taxi.

À saída do hotel é fácil. Basta pedir ao porteiro e logo este, munido de um sonoro apito, se encarrega de chamar o taxi. Abrindo-nos a porta, a mão aberta estendida, à espera do buckzito. Na rua é mais dificil. Se for hora de ponta ou chover a competição pode ser feroz.. Chegar à esquina e erguer o braço é um dos gestos mais repetidos pelos newyorkers. Há até uma estátua de rua em Park Avenue a imortalizar o ritual.

Dentro do taxi há que parecer um local, dizendo com firmeza “47th with Madison” ou “Hudson with Franklin, please”. Do lado de lá do vidro o cabbie provávelmente não responde, mas arrancará na direcção pretendida. Os “taxi drivers” estão longe do grupo de companheiros de Travis Bickle. Geralmente pouco faladores, até porque a maior parte não domina a língua. Em cerca de 42000 taxistas, 85% são estrangeiros.

Indianos ou paquistaneses. Uma vez cometi a gaffe de perguntar a um paquistanês se era indiano. Cuidado, porque confundi-los é quase uma ofensa. Muitos são muçulmanos. A evitar no Ramadão, já que param para rezar. Chineses.Calados, falam por interjeições, mas percebem o nome da rua. Não é como na Tailândia em que os taxistas não falam outra língua e não sabem ler mapas comcaracteres ocidentais. Lá uma viagem de taxi é uma aventura. Dominicanos, haitianos ou Porto-riquenhos. Alguns destes têm ar de Bob Marley, e são todos muito cool. Um deles uma vez, a caminho do aeroporto parou para comprar uma Pepsi. Que havia eu de dizer senão “Buy me one, my man”. E até russos e ucranianos. De Little Odessa. Com muitos primos que nos podem vender muitas coisas . “No problem, my frriend”. Muitos deles conhecem mal a cidade. Mas em Manhattan é fácil a orientação mesmo sem GPS. Avenidas e ruas numeradas na maior parte da ilha, só na ponta sul as ruas têm nome.

Sinal dos tempos, os taxis amarelos vão-se a pouco e pouco tornando verdes. Não, não vão mudar de cor. São os híbridos que estão a chegar. Toyota Prius, Ford Escape ou Lexus LS 400.


Apesar de serem obrigados a transportar os clientes para qualquer ponto da cidade, alguns cabbies tentam esquvar-se ao transporte para o aeroporto de Newark. Por isso diga o destino depois de já estar dentro do taxi. Ou então peça no hotel para o chamarem. Se for um grupo que implique dois taxis compensa pedir uma limousine. Desde logo porque acaba por ficar mais barata uma limo que dois taxis. E depois porque deixar NYC numa limo é terminar em beleza.

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I'm Leaving Today

Para um portuense são raros os destinos para onde podemos voar sem escalas. Particularmente se falamos em atravessar o Atlântico. Felizmente, este ano a TAP relançou os voos Porto-Newark e Porto-Rio.

Assim, a opção certa para voar até NYC é a TAP. Mau grado quaisquer anticorpos que possam existir em relação à "nossa" companhia aérea. Parte-se do Porto às 11.25, com chegada a NYC às 13.55. O regresso faz-se de noite, com partida Às 20.55 e chegada às 8.45.

Aqui ficam alguns conselhos para bem programar a viagem.

1. Reserve com antecedência. As tarifas em económica variam entre 390 e 948€. Ou seja um passageiro pode pagar pela viagem mais do dobro de quem vai sentado a seu lado.

2. Na reserva peça ao seu agente para lhe reservar a fila 12. A viagem faz-se num Airbus A310-300 pelo que terá mais conforto se viajar junto às portas de emergência. Se viajar com crianças com menos de 2 anos, peça a mesma fila, mas central. A criança fará a viagem num berço. ( Este é um conselho mais para outras viagens, porque NY não é destino para levar bebés).

3. Na reserva peça dieta para pessoas com problemas gástricos. Terá uma refeição menos má, mais equilibrada e ainda por cima será o primeiro a ser servido.

4. Hidrate-se. Beba água. Hidrate as mucosas nasal (com soro) e conjuntivas ( com lágrimas artificiais). se é portador de lentes de contacto, guarde-as e viaje com óculos.

5. Evite bebidas alcoólicas e gaseificadas. Pela diminuição da pressão o gás no seu estomago terá tendência a dilatar, com todos os inconvenientes para si e seus companheiros de viagem.

6. No regresso durma, para chegar fresco ao Porto e melhor se adaptar ao nosso horário. Se não tem facilidade em dormir experimente 1/2 comprimido de Kainever. Se não resultar tome a outra metade.

7. Para evitar o jetlag tome 1 comprimido de melatonina 30 minutos antes de se deitar. Em NYC resista a deitar-se cedo na 1ª noite. Vá a um espectáculo nessa noite.

Se viajar em executiva não precisa de nenhum destes conselhos.

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I wanna wake up in a city ( MERCER HOTEL)

Mais uma extravagância de Andre Balasz, o Mercer é o hotel na moda em NYC, oferecendo 75 quartos nos 6 andares de um edificio que nos transporta para o ambiente dos lofts do Soho. Outrora zona menos nobre da cidade, mutos dos seus armazens vetustos foram ocupados por artistas que aí montaram os seus ateliers e aí viviam. Com o aparecimento de galerias, depois vieram as lojas, museus e agora "O Hotel". Do outro lado da rua do Guggenheim Museum Soho, perto das galerias e das lojas exclusivas do Soho, a dois passos de Greenwich Village.

A biblioteca, onde também se pode beber um Chardonay antes de jantar, é um ponto de partida para uma noite em beleza. O restaurante, The Kitchen, informal, sob a criativa batuta do chef Jean-Georges Vongrichten ( dos célebres Vong e Jean Georges), com a cozinha em open space é um dos locais mais cool da restauração nova-iorquina.

Os quartos têm todos um tecto bem alto, com grandes janelas e a decoração de Christian Liaigre, criando interiores modernistas que enfatizam o conforto. Paredes em tons pastel relaxantes, banheiras para banhos a dois, lençóis de algodão (de 400 linhas) do Egipto, ecran de plasma e banda larga wireless.

O serviço é irrepreensivel, apesar de o Russel Crowe se queixar.

THE MERCER
147 Mercer Street New York New York 10012 United States Tel +1.212.966.6060 Fax
+1.212.965.3838
reservations@mercerhotel.com


Courtyard Room: 400€. Loft Studio: 580€

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Starbucks

Como geralmente nos USA o preço do Hotel não inclui o pequeno almoço, caso não queira gastar $50, uma boa opção é o Starbucks. Há uns anos atrás era dos poucos sítios onde se podia tomar um café aceitável nos US. Hoje em dia há muitos sítios onde o café é melhor que o do Starbucks, mas a sua proximidade ( existe por todo o lado) faz com que seja a minha primeira opção.

Como dizia o personagem de Tom Hanks em "You've got mail"The whole purpose of places like Starbucks is for people with no decision-making ability whatsoever to make six decisions just to buy one cup of coffee. Short, tall, light, dark, caf, decaf, low-fat, non-fat, etc. So people who don't know what the hell they're doing or who on earth they are can, for only $2.95, get not just a cup of coffee but an absolutely defining sense of self: Tall. Decaf. Cappuccino"


De facto espresso, espresso con panna, machiato, cappucino, caffe latte,mocha, cinammon dolce latte, single ou double shot, tall, grande, venti, é muita decisão. Para comer do bagel ao brownie, a escolha não é tão variada. A música é cool, geralmente jazz ou clássica.

Em NYC há 168 lojas. As minhas favoritas são a do Soho, na Spring St, e a da 53rd St com a 6th Av., com bons espaços para nos sentarmos disfrutando o café. Especialmente a do Soho, onde ao domingo de manhã nos sentimos num café de bairro.

"Last but not least" a Starbucks está a vender café de Timor, uma boa ajuda a tão desamparado povo.

Uma alternativa é o "Au Bon Pain" com excelentes sumos naturais e boas sanduiches.

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